Leopoldina, 04/08/2016

Oi Saulo, 🙂

OBS: Resolvi criar uma playlist pra você escutar enquanto lê. São músicas que me vieram nesses últimos tempos ou que possuem relação com esse presente momento.

INTRODUÇÃO BREVE DISSO TUDO: Sobre a resposta, eu acabei perdendo o que havia escrito no messenger… escrevi tanta coisa e acabei perdendo tudo. Daí comecei a digitar no word, pra não perder. Foi ficando grande (desculpa). Mas também percebi que no word eu poderia ilustrar algumas coisas que eu poderia escrever. Daí a minha resposta meio que se transformou numa carta. Espero que não tenha problema, rs. Mas você não é obrigado a responder, tudo bem? Mas se você quiser, eu pensei numa coisa. Só se você quiser, porque não precisa querer. Mas se você quiser, pode me responder nessa mesma carta. Lá no final dela, com ilustrações também, das coisas que você pode querer me contar e mostrar. Você mora aí num lugar tão diferente, deve ter uns trem bom pra mostrar.

Enfim, a resposta da sua resposta:

Sempre quis ter, do fundo do coração, uma casa com quintal. Ou jardim. Cheguei a escrever um texto que falo sobre esse sentimento. E hoje em dia eu tenho uma casa com quintal. Faz 6 meses que retornei pra minas, moro em Leopoldina, cidade onde nasci e fiquei até os 18/19. Deus tem sido muito bom comigo. Eu amo Deus, me relaciono com ele o tempo todo. Agradeço muito. (Sou umbandista). Em 3 meses aluguei minha casa, com um quintal grande, enorme! Um quintalzão. É uma graça aqui, porque é um porão, na verdade. É como se fosse, sei lá, não sei explicar. É uma casa reservada, espaçosa, um antigo porão reformado. Daí ajeitaram o quintal bem ajeitadinho. Ele é coberto de pedrinhas cinzas.  Por baixo mora a magia. Fica uma terra cor de barro boa e saudável. É só cavar e plantar. Bate sol e circula ar na casa toda. Os meninos tomam sol, brincam. Faz duas semanas que comecei a mexer na horta. Fiz 5 canteiros, coloquei grade direitinho, plantei: salsinha, cebolinha, alecrim, boldo, erva cidreira, salvia, alho, hortelã, hortelã-pimenta, pimentão, cenoura, couve, bertália, coentro. Tá nascendo e é tudo vida. Converso com todas as plantas, tenho uma samambaia tão maravilhosa. Acordo de manhã e tomo café com ela, trocamos olhares de amor. Maria Carlota. E é verdinha verdinha, com cachos longos cheio de folhas. Trem lindo.

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Foto: Todo mundo junto, inclusive Maria Carlota. A flor do meio, vermelha, é nova, estou pensando num nome ainda. Mas já trocamos diversos olhares. Estamos nos conhecendo.

Meus gatos tem nome de gente sim, rs. Sempre achei bacana. Chamar por nome de gente. Eles atendem direitinho. Eu chamo baixinho “juliana”, ela pode estar onde está, vem na hora me encontrar. Meus gatos são meus melhores amigos, minhas maiores conquistas, meus melhores presentes, que ganhei de cidades que em que já morei.

O Samuel é o mais velho, nasceu em novembro de 2010. Adotei quando morava em Ouro Preto. Já passamos por tanta coisa. Já nos mudamos tantas vezes. Meu carinho, como me ama.

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Foto: Samuel, também conhecido como Sassá e/ou Sarassassá.

Eduardo adotei quando mudei pra Juiz de Fora, pra fazer companhia com Samuel. Foi a melhor coisa. Eles ficaram companheiros desde o primeiro dia. Eduardo é um gato brisado e espiritualizado, médium. E manco. Se acidentou certa vez em São Paulo. Mancou-se para sempre.

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Foto: Eduardo, também conhecido como Dudu e/ou Durududu.

Juju nasceu em SP, meu presentinho. De 5 filhotes, era a que eu queria e a única que não foi adotada. Meu presentinho. Tá aqui do meu ladinho agora.

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Foto: Juliana (também conhecida como Juju e/ou Jurujuju e/ou Jujubalândia agarrada no Durududu.

VIDEOGAYMEEEE

Eu falava sobre Perfect Dark na última mensagem no messenger. Perfect Dark é um jogo em primeira pessoa, de tiro, futurista, apesar de eu ter um pouco de preguiças com coisas futuras (nada contra você, que se encontra no meu futuro). Mas o jogo, apesar de científico, é muito bom, tem que ter estratégia e boa pontaria.

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Foto: aaaaaahhhhh relembrar esse cenário! ❤

Era um gráfico muito realista pra época. Esse cenário aí da foto, nossa, emoção rever. Jogo de tiro eu costumo me dar bem, mas sempre fico bastante tenso. Na época eu mal saía do lugar, perdia horas escondido atrás da planta ou do sofá matutando uma estratégia.

Atualmente estou jogando Saints Row IV, para o xbox 360. Veio gratuitamente certa vez para assinantes live gold. Baixei, mas demorei a abrir o jogo, achei que seria meio genérico de gta. Mas dobrei minha língua. O jogo é muito mais divertido que GTA, muito bom para jogar brisado. O personagem tem diversos poderes, DIVERSOS, e ele literalmente danifica tudo ao seu redor, com as armas insanas! O jogo é bem grande, de mundo aberto cheio de missões, quests e challengs. Minha meta é atingir os 100%, sem cheats, claro. 

Olha essa arminha, que genial, a DUBSTEP GUN!

PUT YOUR FACE IN THE SUN, MONA

Como que foi sua mãe descobrindo sua viadagem? Como que foi pra você descobrir sua viadagem?

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Foto: sim com certeza

Eu sou formado em artes cênicas, professor de teatro. E também sou analista de projetos culturais e desportivos. O primeiro (professor de teatro), é minha paixão. O segundo (projetos) é aprendizado que ganhei da vida. São coisas distintas. Meu emprego principal é o de analista. É trabalho burocrático. Escrever projetos, realizar a gestão deles, em todos os sentidos. Eu faço projeto para as pessoas viabilizarem as artes delas. Só agora que voltei a pensar e a viabilizar as minhas artes também, por ter voltado pra Minas.

Eu estava em São Paulo, a parte recém-dolorida da minha vida, uma sequência de frustrações e crescimento, apesar dos pesares. Fiquei um tempo sem dar aula. Agora, semana que vem, vou voltar. Por isso que eu agradeço muito a Deus. A vida se ajeita rapidinho, quando se busca mudança.

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Foto: #amém #deus

MEU TRAMPO

Eu trabalho com projetos desde 2013, via homeoffice, mas para uma empresa de Belo Horizonte. Tenho chefe, carga-horária, trabalho no computador, via email, ferramentas do google docs e agenda, skype, facebook, telefone. É massa, eu e meu chefe, à distância, conseguimos manter uma empresa juntos, com demandas constantes.

Semana que vem começo à dar aulas de teatro, na escola em que me formei, 9 anos atrás. Montei uma turminha. As aulas serão todas as sextas-feiras, de 17h às 19h. Estou bem animado e feliz, será um desafio. A educação e os processos educativos-criativos devem, necessariamente, serem desafiadores.

Sobre lançar um livro: foi parir um filho. Gosto muito de escrever, mas não me considero escritor. Escrever é consequência. Eu sou muito quieto, Saulo. Quieto sobre as coisas em si. Penso muito comigo e também não tenho tanta gente para poder conversar. Daí acumulo pensamentos e escrevo, conversando comigo mesmo. Você sabe como que é. 

Então, o “Caligrafia de Asfalto” foi uma gestação longa de mais de 4 anos. Pari diversos sentimentos em forma de contos e textos, muitas vivências e experiências narradas ali, metaforicamente ou na presença de personagens. Aproveito pra enaltecer meu singelo livrinho que completa 4 anos agora em outubro.

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Caligrafia de Asfalto, Editora Multifoco, Rio de Janeiro, 2012

O QUE EU GOSTARIA DE SABER SOBRE VOCÊ~ tantas coisas…

Eu queria saber como que é viver aí. Como é a sua vida? Me conta alguma coisa que você ache significativo e gostaria de compartilhar, sendo coisa boa, ou coisa ruim.

PS: Desculpa escrever textão. A gente nem se conhece direito. Por isso mesmo é válido um textão, com ilustração.

Um beijo,

Alan.

PSS: Aqui são 20h28 de 04/08, então aí são 00h28 do dia 05/08. Que curioso escrever para alguém que se encontra, neste momento, no meu dia seguinte.